Fertilização in vitro (FIV) e injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI)
A FIV é um dos tratamentos que mais “engravida”, chegando a 50% de chance de gravidez em um ciclo dependendo da causa da infertilidade e da idade da paciente.
É um procedimento de alta complexidade, pois é necessário um laboratório especializado para manipulação de embriões e gametas, uma vez que a fecundação do óvulo é feita artificialmente em laboratório, daí o nome “in vitro” ou popularmente chamado “bebê de proveta”.
Existem duas modalidades, a FIV clássica, na qual vários espermatozóides são deixados no mesmo meio que o óvulo e por seleção natural apenas um deles consegue fecundar. E a ICSI, que é a injeção de um espermatozóide selecionado no interior do óvulo, pulando a etapa da fecundação natural.
Para que isso aconteça, a mulher toma medicações que são injeções subcutâneas de hormônios para que os ovários produzam óvulos em grande quantidade, sempre monitorada por ultrassonografia, exames de sangue e acompanhamento médico. Os medicamentos têm mínimos efeitos colaterais uma vez que agem nos ovários, mas se a resposta for exagerada pode levar a uma complicação que é a síndrome do hiperestímulo ovariano, que se diagnosticada adequadamente não traz prejuízo a saúde da mulher nem a sua fertilidade futura, apenas posterga a transferência dos embriões para os ciclos subsequentes e leva a desconforto abdominal por aumento ovariano e acumulo de líquido na cavidade, essa complicação tem incidência de 2% em sua forma grave e resolve-se totalmente se forem tomadas a medidas corretas.
Por isso o acompanhamento deve ser individualizado, com retornos frequentes para controle de ultrassom, a segurança deve estar sempre em primeiro plano.
No momento em que estes óvulos estiverem maduros, o médico realiza a aspiração dos mesmos por via vaginal guiado por ultrassom. A punção é um procedimento que necessita de sedação, uma vez que é utilizada uma agulha para isso.
Obtidos os óvulos, imediatamente são avaliados em laboratório e a fertilização é realizada com os espermatozóides do marido ou do doador, o que resulta em um embrião.
Do terceiro ao quinto dia após a formação dos embriões, que ficam em encubadoras no laboratório em desenvolvimento, é que a transferência embrionária é finalmente realizada pelo médico.
O número de embriões a serem transferidos é decidido juntamente com o casal e respeitando-se as normas técnicas, com transferência de até 2 embriões para mulheres de até 35 anos, até 3 para mulheres de 35 a 40 anos e até 4 embriões para mulheres com mais de 40 anos.
A técnica é segura e o tratamento é indicado para casais com alteração grave do espermograma, obstrução tubária, muito tempo de infertilidade, idade maior que 37 anos, falha nas outras técnicas, necessidade de biopsia de embriões, síndrome de ovários policísticos, endometriose, entre outras.
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