Estudos apontam que cerca de dois terços das mulheres que menstruam sofrem com a TPM (Tensão Pré-Menstrual). Portanto ela é mais comum do que se imagina.
Se sentir inchada, mal-humorada e sem paciência são alguns dos sintomas que costumam aparecer todos os meses para as mulheres que sofrem com o problema. No entanto, uma parcela delas possui mais do que alterações “normais” nos dias que antecedem a menstruação. Essas mulheres podem ter crises de ansiedade, sensação de tristeza profunda, insônia, fadiga, perda de apetite, falta de ânimo para atividades do dia a dia e até mesmo perda de libido. É como se elas sofressem de uma depressão clínica, bem mais forte que os sintomas comuns da TPM. Sintomas esses que desaparecem com o fim da menstruação.
As alterações fazem parte de um transtorno chamado de TDPM (Transtorno Disfórico Pré-Menstrual), que em 2013 foi incluído na categoria de transtornos depressivos e de ansiedade da DSM5, a 5ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (sigla em inglês) da Associação Americana de Psiquiatria.
Segundo estudos epidemiológicos cerca de 2% a 10% das mulheres que menstruam sofrem de TDPM, mas essas porcentagens podem variar de acordo com as condições sociais em que a mesma está inserida.
As causas para essas alterações elevadas de humor são os baixos níveis de estrógeno no corpo e a elevação de progesterona durante os dias que antecedem a menstruação. A concentração mais baixa de estrogênio faz com que a mulher tenha menos dopamina (neurotransmissor relacionado ao humor e emoções). Mas ainda não existem explicações de porque quem tem TDPM desenvolve alterações mais graves pela falta desse hormônio do que outras mulheres que também sofrem a mesma oscilação hormonal.
O principal tratamento contra o transtorno é o uso de antidepressivo, mas na maioria dos casos, não há necessidade de a mulher tomar todos os dias, apenas depois do período da ovulação. A duração do tratamento varia de acordo com cada caso que é realizado em conjunto com práticas de atividades físicas e algumas técnicas de relaxamento. A utilização de pílulas anticoncepcionais também pode ajudar, pois equilibra a distribuição de estrogênio e progesterona.
Para diagnosticar o problema é necessário acompanhamento com o ginecologista em conjunto com o psiquiatra. E é necessário que o médico atente-se para ter certeza que essas alterações não fazem parte da TPM e sim da TDPM.
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