Procedimentos da medicina reprodutiva. Nesse texto, abordaremos um tratamento que já é realizado há mais de 25 anos e que, segundo a Dra. Carla Iaconelli, especialista em reprodução humana (Doutora FIV), é um procedimento que levanta muitos questionamentos, dúvidas, polêmicas e discussões. Vamos falar de Ovodoação.
Mas afinal, o que é a ovodoação?
“Muitas mulheres não têm mais óvulos, pela idade avançada, doença ou por já terem entrado na menopausa (algumas precoces antes dos 40 anos). E quando tentam engravidar, percebem que já não estavam mais com os óvulos saudáveis ou já não tinham mais ciclos, então para elas o tratamento de ovodoação é indicado”, explica a médica.
E como são selecionadas as doadoras dos óvulos?
A especialista em reprodução assistida explica que as doadoras são pacientes que estão passando por algum outro tipo de tratamento de fertilidade e que assinam um termo de consentimento afirmando que os óvulos excedentes poderão ser doados.
Mas como a Ovodoação é um processo delicado, existem alguns critérios a serem preenchidos. O principal deles é que a idade da doadora seja inferior a 35 anos e que sua identidade não seja revelada.
“São feitas várias sorologias exigidas pela Anvisa para que a doação seja feita e também exames de secreção vaginal, por exemplo. Temos também que conhecer o tipo sanguíneo da paciente e o histórico pessoal de doença e familiar, com isso conseguiram escolher uma doadora (anônima) compatível com a receptora”, ressalta.
Dra. Carla reforça também que o fenótipo é a aparência física de uma pessoa, então, se a doadora é negra, deve-se procurar uma receptora compatível pra que elas sejam parecidas durante a técnica. Se for oriental, idem.
E com essa técnica, quais serão as chances de gravidez?
Dra.Carla Iaconelli afirma que as chances são altas de se conseguir uma gestação. Em torno de 50%.
“A Ovodoção é um tratamento muito eficaz para muitos casos de infertilidade. Vale a pena conversar com seu médico para investir nessa alternativa com uma taxa de sucesso. Muitas pessoas ainda têm preconceito, anseios e dúvidas emocionais por achar que o filho não será biológico, porém é um mito. Mãe é quem cuida, sem contar que a nutrição do feto e os fluídos dentro do ventre se misturam”, finaliza a doutora FIV.
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