Etinilestradiol, levonorgestrel, drospirenona — é tanto nome difícil que a gente até se perde! Por mais que seja o ideal, parar para pesquisar sobre todos os tipos de pílulas anticoncepcionais é quase impossível com a correria do dia a dia. Todas têm a mesma eficácia, mas pode acreditar: nem todas são boas para todo mundo. E fica aquela dúvida: qual delas é a melhor para mim?
A estudante Aline Santi, de 17 anos, sabe bem disso. Fez tudo certinho: quando tinha 14, procurou sua médica, conversou, tirou dúvidas e começou com as pílulas para o tratamento de ovário policístico. Mas os efeitos colaterais vieram com tudo. “Eu ganhei peso, engordei uns 16 quilos porque me sentia muito ansiosa. Aí, comia bastante. Emocionalmente, quando chegava nas pílulas brancas (placebo) meu humor mudava muito, eu sentia muita tristeza e raiva o tempo todo”, conta.
Chegou uma hora que ela cansou e voltou ao consultório pedindo para mudar de medicamento. A atitude fez toda a diferença. “Me sinto muito bem, não tive efeito colateral nenhum, nem na fase de adaptação, e até as cólicas diminuíram.”
Depois de testar três tipos de pílulas diferentes e não se adaptar a nenhum, a auxiliar financeira Thamy de Oliveira, de 23 anos, também decidiu dar um basta. Os enjôos, dores de cabeça e mal estar já estavam insuportáveis. “Chegava a vomitar. No começo, pensei até que estava com virose, mas depois vi que era efeito do remédio”, lembra.
Foi só depois de implantar o DIU (Dispositivo Intra-Uterino) que conseguiu ficar em paz com seu corpo. “Foi a melhor coisa que fiz. Às vezes, até esqueço que tenho.”
Em primeiro lugar, é preciso procurar um ginecologista. Nada de ir se automedicando, viu? O importante é que somente o ginecologista vai saber informar que tipo de pílula é melhor para você.
O que o médico leva em consideração?
São várias coisas para se pensar antes tomar essa decisão. Por exemplo: se você fuma, se está com sobrepeso, tem histórico pessoal ou familiar de trombose. E, claro, na consulta, você deve contar como é sua rotina, como se previne atualmente, como é sua vida sexual. E o médico também pode pedir alguns exames para ver se está tudo em dia com a sua saúde.
Quanto tempo leva a fase de adaptação?
De 3 a 6 meses.
Que efeitos colaterais posso ter neste período?
Alguns deles são inchaço, dor nas mamas, escapes (sagramentos fora do período menstrual) e dor de cabeça.
Em quanto tempo ela faz efeito?
Após sete dias utilizando a pílula corretamente, no mesmo horário e sem esquecer nenhum dia, ela já está fazendo efeito. Porém, como precaução, é melhor fazer o uso de preservativo no primeiro mês.
A pílula é a única solução?
Claro que não. Além dela, existem outras opções para mulheres que desejam evitar uma gravidez, como o DIU, que pode ser de cobre ou hormonal, implantes contraceptivos, diafragma, preservativo feminino, entre outros. O ideal é conversar com o médico sobre todas essas possibilidades. Mas não se esqueça: “Tem pacientes que não usam nada e fazem o uso da tabelinha [cálculo dos dias férteis no ciclo menstrual] e do coito interrompido, mas esses métodos são muito arriscados e têm grande chance de falha.”
FONTE: METRO
2023 © Todos os direitos reservados.
O conteúdo deste site foi elaborado pela Dra. Carla Iaconelli e as informações aqui contidas têm caráter meramente informativo e educacional. Não devem ser utilizadas para a realização do autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte o seu médico, somente ele está habilitado a praticar o ato médico, conforme recomendação do Conselho Federal de Medicina (CFM). Todas as imagens contidas no site são meramente ilustrativas e foram compradas em banco de imagens, não envolvendo imagens de pacientes.
Diretor técnico: Dra. Carla Iaconelli • CRM-SP 124292 • RQE 51682