Segundo o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, a taxa de infectados com essas patologias cresceu entre 2006 e 2015 nas faixas de 15 a 19 anos, com variação de 187,5%; de 20 a 24 anos, com alta de 108%, e entre 25 a 29 anos, com aumento de 21%. Há cerca de 780 mil pessoas portadoras do vírus HIV no Brasil, 245 mil são mulheres em idade reprodutiva.
Foi aprovada esse ano a Lei 13.504, que institui a Campanha Nacional de Prevenção ao HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis- a data intitulada de Dezembro Vermelho(01/12). Seguindo com esse foco de cuidados e alertas, Dra. Carla Iaconelli, especialista em reprodução humana, aborda o aumento de casais sorodiscordantes e com HIV no País, que buscam tratamentos para realizem o sonho de terem bebês saudáveis.
“A reprodução desses casais é uma realidade e não deve ser considerado um tabu”, ressalta dra. Carla.
Segundo a especialista, a prevenção é o melhor caminho, sem dúvida. Mas uma vez diagnosticada a doença, cada vez mais esse público busca qualidade de vida e tratamentos adequados, entre eles, o da Fertilização In Vitro ou Inseminação Artificial. Há técnicas diferentes: se o homem tem o vírus ou a mulher ou os dois. É feito a lavagem seminal (centrifugação e ultra-filtragem) para isolando os espermatozoides e plasma seminal contaminados, dependendo do caso. Antes do procedimento, é importante uma análise completa com exames e avaliações para checar a saúde dos pacientes e como estão suas funções reprodutivas.
“Se a mulher tem SIDA e carga viral indetectável, ela pode engravidar, realizando a terapia antirretroviral, sendo que o risco de transmissão vertical é baixíssimo ( em torno de 1%)”, diz a doutora.
Dra. Carla explica ainda que os homens com SIDA podem ter filhos com segurança também, se utilizadas técnicas de reprodução humana, pois os riscos de transmissão são quase nulos.
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