Mitos e verdades sobre infertilidade

Assunto entre as mulheres que começam a pensar em engravidar, a infertilidade sempre gera inúmeras dúvidas. A hora certa de procurar um especialista, os exames recomendados para o casal, o diagnóstico e os tratamentos da atualidade são algumas das questões mais abordadas.

Foto: Vida Prática

Segundo a ginecologista e obstetra Carla Iaconelli, de São Paulo, tudo começa na primeira consulta ao especialista. “A infertilidade caracteriza-se pela ausência de gravidez após um ano de vida sexual ativa, sem o uso de métodos contraceptivos. Depois desse período sem que a gravidez aconteça, o casal deve procurar um consultório especializado. Com a anamnese e a análise física, o médico poderá solicitar exames para identificar a causa da infertilidade e iniciar um tratamento específico”, orienta a médica.

Para os casais em que a mulher tem 35 anos ou mais, o prazo reduz para seis meses de tentativas. Alguns estudos apontam que casais com infertilidade sem causas aparentes, em que a mulher tem idade superior a 30 anos, a probabilidade de gestação cai para 9% para cada ano, além de cair 2% a cada mês adicional, quando a infertilidade do casal persiste após três anos e meio. Supõe-se que um a cada sete casais em idade reprodutiva apresentará dificuldade para engravidar.

Os principais exames solicitados pelo especialista são:
Para o casal: Tipo Sanguíneo e fator Rh;
Cariótipo: avalia os cromossomos, o risco de aborto e malformações para o feto;
Sorologias: HIV, HTLV, sífilis, hepatite B e C, Zika vírus e IgM.

Para mulheres: FSH/LH e estradiol: do 2º ao 5º dia do ciclo – avalia a reserva ovariana e auxilia no diagnóstico de SOP e falência ovariana;
Hormônio anti-mulleriano: auxilia no diagnóstico de baixa reserva ovariana;
TSH, T4 livre;
Prolactina;
Ultrassom pélvico transvaginal com contagem de folículos antrais;
Histerossalpingografia.

Existem outros exames específicos, como a histeroscopia diagnóstica, ressonância magnética de pelve, ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal, entre outros, que serão solicitados ao longo da investigação, se o especialista julgar necessário.

Para homens: Espermograma.
No caso dos homens, existem exames específicos, como o ultrassom de bolsa testicular com doppler, fragmentação do DNA espermático e microdeleção do cromossomo Y que analisam a fertilidade. Caso seja necessário para o casal em questão, o urologista especialista em reprodução humana solicitará.

Para as mulheres, segundo Carla, os principais indicativos de infertilidade podem ser: idade (mulheres com mais de 35 anos), doenças como endometriose, ovários policísticos, causas tubárias, problemas de ovulação, Doença Inflamatória Pélvica (DIP) entre outras. “No caso dos homens, a idade também conta pois os espermatozoides começam a perder motilidade com o passar dos anos. Outros problemas envolvem o bloqueio de transporte do sêmen, a baixa produção de hormônios, disfunção erétil ou a ejaculação precoce, D e podem dificultar a entrada do sêmen para o trato urinário feminino; Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) entre outras”, fala a médica.

Para prevenir a infertilidade, ela recomenda que os homens e as mulheres evitem a exposição a produtos químicos prejudiciais, o tabagismo, o álcool e às infecções sexualmente transmissíveis. “Os homens não devem usar roupas íntimas apertadas e os esteroides anabolizantes, pois podem ser prejudiciais para a produção de esperma. Já para as mulheres, eu recomendo também ter uma alimentação balanceada, praticar atividade física regularmente, tratar doenças preexistentes e fazer check-up ginecológico anual, além de ter sua saúde bucal em dia”, comenta.

Os principais tratamentos de reprodução humana utilizados para a infertilidade são o coito programado ou a relação sexual programada, indicado para mulheres que têm problemas na ovulação; inseminação intrauterina, para o homem que tem uma alteração de leve a moderada no sêmen; fertilização in vitro (FIV) que é indicada para diversos problemas, entre eles, as alterações tubárias, endometriose, baixa qualidade dos óvulos e alterações importantes do sêmen. Para mulheres que sofrem com a Síndrome dos Ovários Policísticos, por exemplo, pode ser indicado o uso de medicamentos, dessa forma é realizada a indução da ovulação.

“O tratamento cirúrgico é indicado em casos de miomas, pólipos ou malformações uterinas, alterações tubárias corrigíveis e endometriose. O procedimento geralmente é minimamente invasivo utilizando as técnicas de laparoscopia e a histeroscopia. Já para os homens a indicação é feita em casos de varicocele, para realizar a reversão da vasectomia ou quando não há espermatozoides no sêmen ejaculado (azoospermia)”, finaliza a gineco logista e especialista em medicina reprodutiva.

Fonte: Vida Prática

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