Junho é o mês Internacional de Conscientização da Infertilidade. O objetivo é conscientizar a população a respeito deste problema, que atinge aproximadamente 15% das pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Por isso, separei diversas informações importantes sobre o tema. Confira!
Exames para diagnosticar a Infertilidade
Após a consulta com anamnese e análise física, o especialista poderá solicitar exames para identificar a causa da infertilidade e iniciar um tratamento. Os principais exames são:
Para o casal:
Tipo Sanguíneo e fator Rh
Cariótipo: avalia os cromossomos, o risco de aborto e malformações para o feto;
Sorologias: HIV, HTLV, sífilis, hepatite B e C, Zika vírus e IgM.
Para mulheres:
FSH/LH e estradiol: do 2º ao 5º dia do ciclo – avalia a reserva ovariana e auxilia no diagnóstico de SOP e falência ovariana;
Hormônio anti-mulleriano: auxilia no diagnóstico de baixa reserva ovariana;
TSH, T4 livre;
Prolactina;
Ultrassom pélvico transvaginal com contagem de folículos antrais;
Histerossalpingografia.
Existem outros exames específicos, como a histeroscopia diagnóstica, ressonância magnética de pelve, ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal, entre outros, que serão solicitados ao longo da investigação, se o especialista julgar necessário.
Para homens:
Espermograma.
Existem outros exames específicos, como o ultrassom de bolsa testicular com doppler, fragmentação do DNA espermático e microdeleção do cromossomo Y que analisam a fertilidade. Caso seja necessário para o casal em questão, o urologista especialista em reprodução humana solicitará.
Quando considerar a Infertilidade
A infertilidade caracteriza-se pela ausência de gravidez após um ano de vida sexual ativa, sem o uso de métodos contraceptivos. Dessa forma, se após um ano de tentativas o casal não alcançar sucesso na gravidez, deve avaliar as causas da infertilidade junto aos especialistas, analisando as chances do casal e se necessário considerar tratamentos.
Para os casais em que a mulher tem 35 anos ou mais, o prazo reduz para seis meses de tentativas. Alguns estudos apontam que casais com infertilidade sem causas aparentes, em que a mulher tem idade superior a 30 anos, a probabilidade de gestação cai para 9% para cada ano, além de cair 2% a cada mês adicional, quando a infertilidade do casal persiste após três anos e meio.
Supõe-se que 1 a cada 7 casais em idade reprodutiva apresentará dificuldade para engravidar.
Principais Causas da Infertilidade
Os principais indicativos de infertilidade feminina são:
Já os principais indicativos de infertilidade masculina são:
Prevenção da Infertilidade
As recomendações para prevenir a infertilidade são muito parecidas em ambos os sexos. No caso dos homens é necessário evitar a exposição a produtos químicos prejudiciais, evitar o tabagismo, álcool e infecções sexualmente transmissíveis. Eles também devem evitar o estresse térmico de roupas íntimas apertadas e esteroides anabolizantes, pois podem ser prejudiciais para a produção de esperma.
Já a mulher que deseja engravidar deve antes de tudo ter um estilo de vida saudável, sem abuso de álcool, sem tabagismo ou uso de drogas, uma alimentação balanceada, estar dentro do peso ideal, fazer exercícios físicos regularmente, ter um acompanhamento médico, tratar doenças preexistentes e fazer check-up ginecológico anual, além de ter sua saúde bucal em dia.
Tratamentos para Infertilidade
Os principais tratamentos de reprodução humana utilizados para a infertilidade são o coito programado ou relação sexual programada, indicado para mulheres que têm problemas na ovulação; inseminação intrauterina, para o homem que tem uma alteração de leve a moderada no sêmen; fertilização in vitro (FIV) que é indicada para diversos problemas, entre eles, as alterações tubárias, endometriose, baixa qualidade dos óvulos e alterações importantes do sêmen.
Para mulheres que sofrem com a Síndrome dos Ovários Policísticos, por exemplo, pode ser indicado o uso de medicamentos, dessa forma é realizada a indução da ovulação.
O tratamento cirúrgico é indicado em casos de miomas, pólipos ou malformações uterinas, alterações tubárias corrigíveis e endometriose. O procedimento geralmente é minimamente invasivo utilizando as técnicas de laparoscopia e a histeroscopia. Já para os homens a indicação é feita em casos de varicocele, para realizar a reversão da vasectomia ou quando não há espermatozoides no sêmen ejaculado (azoospermia).
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