A infertilidade está presente em aproximadamente 14% dos casais do mundo todo, supõe-se que um em cada sete casais em idade reprodutiva apresentará dificuldade para engravidar.
Pode-se considerar que um casal é infértil após 1 ano de tentativas sem sucesso. Para mulheres com mais de 36 anos o período passa a ser de 6 meses.
As causas são muitas, há tanto fatores masculinos quanto femininos, e devem ser devidamente elucidados para definição do tratamento e prognóstico.
Quando um casal chega à consulta com histórico de infertilidade, além de uma cuidadosa entrevista e exame físico, o médico solicita ao casal alguns exames que são necessários para encontrar a causa da mesma, são alguns deles:
Espermograma: a análise seminal completa avalia a concentração de espermatozóides por mililitro em uma amostra, assim como a motilidade, ou seja, como se movimentam os espermatozóides, e o seu formato. É indicado consultar um urologista se o este exame vier alterado.
Ultrassom transvaginal: avalia o útero e os ovários, é um exame de imagem que pode dar informações sobre o trato genital e reprodutor feminino. A presença de miomas, pólipos, cistos ovarianos, malformações e indícios de endometriose e síndrome de ovários policísticos podem ser apontados neste exame.
Histerossalpingografia: é um raio-x com contraste injetado através do colo do útero para detectar a permeabilidade das trompas. Avalia a permeabilidade tubárea, o trajeto das trompas e pode apontar sinais de aderências peritoneais, endometriose, mal formações uterinas e alterações da cavidade endometrial.
Podem ser solicitados ainda exames de sangue para avaliação de distúrbios hormonais, pesquisa e aconselhamento genético, ou outros exames de imagem e até videolaparoscopia e histeroscopia dependendo de cada casal.
O tratamento é invidualizado de acordo com os achados nos exames, um tratamento que é indicado para um casal pode não ser o ideal para o outro com infertilidade, por isso identificar a causa é tão importante.
Pode acontecer de todos os exames realizados estarem dentro da normalidade, o que não é infrequente.
Curiosidade: em 30% dos casos a infertilidade é de fator feminino, em 30% é fator masculino, em 30% pode haver fator feminino e masculino. E nos outros 10% não são encontradas alterações nos exames sendo denominado ESCA ou esterilidade sem causa aparente.
É importante para o sucesso do tratamento que seja feito o diagnóstico correto e o tratamento indicado para cada caso. Encontrar um médico de confiança, com experiência na área e que tenha uma equipe de qualidade por trás para garantir a segurança do casal e evitar complicações como gestações múltiplas e Síndrome do hiperestímulo ovariano.
No próximo post veremos os tipos de tratamentos disponíveis.
Até lá!!!!
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