Mulheres que engravidam sem usar remédios para estimular os ovários ou fazer tratamento tem menor risco de ter uma gestação múltipla. As gestações múltiplas acontecem com a frequência aproximada de 1 para cada 80 gestações espontâneas, enquanto que para pacientes que passaram por tratamentos para engravidar pode chegar em 1 a cada 3 gestações. Porém esse tipo de gravidez pode trazer riscos para mãe e para os bebês a deve ser evitada ao máximo pelos médicos que tratam infertilidade.
Gestações múltiplas tem maior risco de aborto e parto prematuro, que pode levar a graves problemas pulmonares, e no trato gastrointestinal para os bebês. Os bebês prematuros tem maio risco de hemorragia intracraniana e até de óbito por prematuridade. O desenvolvimento cerebral pode ser prejudicado na prematuridade, outro problema comum é a paralisia cerebral.
Para as mães, aumenta o risco de Síndromes hipertensivas (como pré-eclampsia, eclampsia, Síndrome Hellp) e de Diabetes. Durante as primeiras 12 semanas a gestante pode apresentar em maior intensidade náusea e vômito. As gestantes de múltiplos também tem maior número de episódios de sangramento antes, durante e depois do parto.
Antes de iniciar qualquer tratamento para engravidar o casal deve conversar com o médico e entre si, para decidir o tipo de tratamento que irão fazer e o número de embriões a serem transferidos.
No Brasil, existe uma norma para o número de embriões a serem transferidos em tratamentos de fertilização in vitro de acordo com a idade da paciente. Para pacientes com menos de 35 anos, podemos transferir apenas 2 embriões, pacientes com idade entre 35 e 40 anos o número limite é de 3 embriões e para pacientes com mais de 40 anos podemos transferir até 4 embriões.
Doutora Carla Iaconelli
Especialista em Reprodução Humana, Ginecologista e Obstetra
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